domingo, 26 de julho de 2009

Exposição OS SENTIDOS DA AMAZÔNIA - parte 1



Conceito da exposição:

Partimos do princípio de mostrar alguns aspectos da Amazônia explorando os sentidos sensoriais do homem, que eles agissem como fio condutor da narrativa, relacionando a terra e o homem, através do Equilíbrio (o primeiro a ser apresentado, considerado por muitos estudiosos o SEXTO sentido) da Visão, da Audição, do Tato, do Olfato e do Paladar.

É através dos sentidos sensoriais que nos apercebemos do mundo que nos envolve e lhe atribuímos significados. Tocar, olhar, cheirar, ouvir, saborear, tudo nos leva ao sentir. Quantas vezes na rotina do dia a dia nos detemos para admirar a capacidade extraordinária dos nossos sentidos e a singularidade das mensagens que nos são enviadas? E quantas vezes paramos para captar as mensagens que a Amazônia nos envia através da nossa percepção?

A exposição Os Sentidos da Amazônia foi idealizada pensando nas mensagens que a Amazônia, como organismo vivo, continuamente está enviando ao homem e na (in)capacidade deste em interpretar, através dos seus sentidos, estas mensagens.

Como nos sentidos do homem, o complexo natural e antrópico formado pela Amazônia não é independente e sem afinidades, ele é uma unidade onde as partes, em simbiose, se complementam. Para que a Amazônia continue em equilíbrio se faz necessário que o homem pare e preste atenção àquilo que a natureza está comunicando e, além dos seus cinco sentidos, use o sexto: sentido do Equilíbrio. Mental.

Cada seção da exposição foi introduzida com um trecho bíblico, o Livro dos livros, que faz alusão ao conceito que se quis transmitir, e em algumas seções o visitante pode ter contato com a literatura da Amazônia, ninguém melhor que Luiz Bacellar com o seu Sol de Feira para falar das frutas e frutos da terra na seção do Paladar; a poesia sensual de Aldísio Filgueiras para celebrar o cheiro da fêmea e do macho, na seção do Olfato; o alerta de Thiago de Mello na batalha que o homem trava, insanamente, contra a natureza. A literatura é um forte instrumento auxiliar de comunicação com o público de uma exposição!

Estimular no visitante a percepção de ver e não só olhar, de escutar e não só ouvir, de sentir e não só tocar, de saborear e não só comer, de inebriar-se e não só cheirar, esta é a intenção da exposição Os Sentidos da Amazônia.

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