Estive ontem na Livraria Saraiva participando de uma palestra sobre o MUSA – Museu da Amazônia, proferida pelo seu coordenador, o professor Ennio Candotti com a participação da equipe. Tenho acompanhado pela mídia a evolução deste projeto, mas não conhecia a equipe e a forma como o museu é apresentado. É muito diferente quando se conhece ao vivo e a cores! Um público bastante heterogêneo formava a platéia, estudantes de nível médio e superior, jornalistas, pesquisadores... Não poderia deixar de tecer aqui, as minhas considerações do que pude perceber.
Na realidade o professor Candotti não apresentou um projeto e sim um Conceito. Um Conceito de Museu que vai ao encontro daquilo que hoje é chamado de Nova Museologia. Uma Museologia vista como agente de mudanças sociais e do desenvolvimento sustentável do planeta. Uma Museologia aberta e sintonizada com o Novo Mundo o qual já podemos descortinar e cuja grande janela está diante mim: o monitor do meu PC. Uma Museologia que quebra seus próprios paradigmas, onde o objeto continua tendo papel de destaque, mas que nada comunica se não for inserido e explicado dentro de um processo, de um contexto sócio-cultural-ambiental de âmbito não só local, mas globalizado. Uma Museologia que quebra o paradigma do museu confinado entre quatro paredes, do objeto preservado, sacralizado em uma vitrine e que faz do meio ambiente a grande vitrine da Vida.
Na Novíssima Museologia tudo pode ser musealizado porque Museu é comunicação, é interação, é troca, é preservação e conservação, é memória do ontem e do amanhã, é vivência do hoje, é sustentabilidade, é vida, é também solidariedade como foi dito na apresentação do MUSA. A natureza precisa da solidariedade do homem, o homem precisa da solidariedade dos seus pares, a Amazônia precisa da solidariedade de todos.
Sob esta ótica, o MUSA nasce quebrando um paradigma ao musealizar a Amazônia para que continue Viva e de pé. Mas com voz, como disse o professor Candotti. As formigas, as aranhas, os pássaros, as plantas, tudo deve falar porque tudo tem algo a dizer e a ensinar. O objeto museológico passa a ser todos os seres viventes na Amazônia, inclusive o homem. Explica-se assim, o termo Museu Vivo que vem sendo aplicado ao MUSA. Vivo não apenas no sentido literal, mas também no sentido de dar sustentabilidade à Amazônia através da socialização dos conhecimentos tanto científicos quanto tradicionais.
Quem não conhece não dá valor, não tem estímulo para preservar, é cego, não vislumbra o futuro. Quem não se projeta no futuro está morto.
Na realidade o professor Candotti não apresentou um projeto e sim um Conceito. Um Conceito de Museu que vai ao encontro daquilo que hoje é chamado de Nova Museologia. Uma Museologia vista como agente de mudanças sociais e do desenvolvimento sustentável do planeta. Uma Museologia aberta e sintonizada com o Novo Mundo o qual já podemos descortinar e cuja grande janela está diante mim: o monitor do meu PC. Uma Museologia que quebra seus próprios paradigmas, onde o objeto continua tendo papel de destaque, mas que nada comunica se não for inserido e explicado dentro de um processo, de um contexto sócio-cultural-ambiental de âmbito não só local, mas globalizado. Uma Museologia que quebra o paradigma do museu confinado entre quatro paredes, do objeto preservado, sacralizado em uma vitrine e que faz do meio ambiente a grande vitrine da Vida.
Na Novíssima Museologia tudo pode ser musealizado porque Museu é comunicação, é interação, é troca, é preservação e conservação, é memória do ontem e do amanhã, é vivência do hoje, é sustentabilidade, é vida, é também solidariedade como foi dito na apresentação do MUSA. A natureza precisa da solidariedade do homem, o homem precisa da solidariedade dos seus pares, a Amazônia precisa da solidariedade de todos.
Sob esta ótica, o MUSA nasce quebrando um paradigma ao musealizar a Amazônia para que continue Viva e de pé. Mas com voz, como disse o professor Candotti. As formigas, as aranhas, os pássaros, as plantas, tudo deve falar porque tudo tem algo a dizer e a ensinar. O objeto museológico passa a ser todos os seres viventes na Amazônia, inclusive o homem. Explica-se assim, o termo Museu Vivo que vem sendo aplicado ao MUSA. Vivo não apenas no sentido literal, mas também no sentido de dar sustentabilidade à Amazônia através da socialização dos conhecimentos tanto científicos quanto tradicionais.
Quem não conhece não dá valor, não tem estímulo para preservar, é cego, não vislumbra o futuro. Quem não se projeta no futuro está morto.
- Quem quer virar comida de formiga?????????
Uma das coisas que mais me chamou a atenção, e creio que seja mais uma quebra de paradigma, é a forma de participação dos cientistas no projeto (pelo menos aqueles que estavam presentes na palestra e que fazem parte da equipe do MUSA). Senti neles a disposição de vencer a barreira da comunicação com o povo, de explicar (e compartilhar) de maneira compreensível as suas pesquisas, os resultados dos seus estudos (linguagem museológica). Um grande avanço que só vai beneficiá-los e, sobremodo, beneficiar a sociedade. Senti também um modo de fazer com alegria, com entusiasmo, vibrante! E olha que estamos falando de uma equipe pluri-institucional! Mas sob o comando do professor Candotti não poderia ser diferente, com ele se aprende que a Ciência e a Tecnologia podem ser apresentadas com bom humor! Eu também não sabia que os jaraquis eram branquinhos, quase transparentes!!! (aprendi na exposição da SBPC).
Uma das coisas que mais me chamou a atenção, e creio que seja mais uma quebra de paradigma, é a forma de participação dos cientistas no projeto (pelo menos aqueles que estavam presentes na palestra e que fazem parte da equipe do MUSA). Senti neles a disposição de vencer a barreira da comunicação com o povo, de explicar (e compartilhar) de maneira compreensível as suas pesquisas, os resultados dos seus estudos (linguagem museológica). Um grande avanço que só vai beneficiá-los e, sobremodo, beneficiar a sociedade. Senti também um modo de fazer com alegria, com entusiasmo, vibrante! E olha que estamos falando de uma equipe pluri-institucional! Mas sob o comando do professor Candotti não poderia ser diferente, com ele se aprende que a Ciência e a Tecnologia podem ser apresentadas com bom humor! Eu também não sabia que os jaraquis eram branquinhos, quase transparentes!!! (aprendi na exposição da SBPC).
Foi levantada a questão se o MUSA conseguiria manter o diálogo com os visitantes sem a explicação pessoal e direta dos cientistas. Certamente que estes não poderão desempenhar regularmente o papel de monitores e guias, suas funções vão muito além, o conteúdo das informações depende deles e a busca do conhecimento é interminável! A comunicação museológica, porém, não se restringe às visitas guiadas, existem muitas formas e instrumentos de comunicação e interação com o público dentro de um museu; tenho certeza que serão usadas! Além do mais é preciso dar crédito e confiança aos jovens, eles estão aí, como esponjas, prontos a absorver os ensinamentos e, se tiverem oportunidade, atuarão como agentes multiplicadores.
Quanto aos que mostraram preocupação se o MUSA vai ter recursos para se manter eu acredito que sim, depende de todos nós. O MUSA é a Amazônia e a Amazônia depende do homem para se manter. Como eu disse na exposição Os Sentidos da Amazônia, basta ter equilíbrio. Mental! A natureza, no seu curso normal, se encarrega do equilíbrio ambiental.
Parabéns e força a todos que estão construindo o MUSA!