sábado, 8 de agosto de 2009

Drops das Musas

Para nos sentirmos bem e confortáveis, criamos círculos de segurança em torno de nós mesmos, cujos raios de ação variam de pessoa a pessoa. O primeiro círculo, de natureza geográfica, é o da casa, do lugar onde vivemos, se estende depois ao bairro, à cidade; dificilmente ultrapassa esta fronteira, no máximo uma escapadela nas férias para algum lugar além da fronteira do lugar de origem, mas sem envolvimento. Dentro destes círculos geográficos, criamos os círculos de relacionamentos e de ocupações. As rotinas domésticas e os relacionamentos pessoais, a vizinhança e as relações sociais, as ocupações e suas áreas de interesse, os colegas e superiores, as organizações sociais, comerciais, as rotas diárias, os programas de estudo, lazer, entretenimento. Criamos no mundo físico, o nosso mundo pessoal, cercado de atitudes rotineiras, paisagens reconhecidas, encontros pré-escolhidos, roteiros decorados. Olhamos para o mundo além das nossas fronteiras através dos meios de comunicação de massa, sem uma ligação pessoal ou emocionalmente participativa. O mundo além fronteiras pessoais também nos chega através dos estudos: aulas de geografia, história, política, sociologia, antropologia... que poucas vezes nos remetem ao mundo prático, real, cotidiano.

Quantos de nós podemos dizer que os Museus fazem parte dos nossos círculos? Será que eles existem nos círculos geográficos das nossas vidas? Será que os inserimos nos nossos círculos cotidianos de relacionamentos? Ou será que só sabemos da existência deles através das mensagens além fronteiras?

Insira os Museus na sua vida. Os seus círculos emocionais se alargarão como o efeito de uma onda e a alteridade passará a ter um significado mais próximo. Seu mundo será bem maior!

Um comentário:

  1. E' uma mensagem de amor para sua profissao, e tb para este mundo que tem os meios de comunicaçao melhor de toda a historia, mas os usa para se fechar atràs de barreiras cada vez mais altas... Obrigado!

    ResponderExcluir